Uma cidade torturada
O terramoto, que se sente no eléctrico, desgasta as ruas de pedrinhas desenhadas. Tortura , sem piedade, as avenidas, as praças, os becos. O aço dos carris apodrece os caminhos martirizados pelo tempo. Como sofres, Lisboa. Até o electrico te corroi a alma. E o Marquês, já é apenas estátua. Já não te poderá sarar as feridas. Observa, lá de cima, a tua dor. Teme pela sua vida numa cidade escavada.
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