terça-feira, outubro 25, 2005


No teu poema

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És esta página em que me espalho
Sou só vocábulos e assim me acolhes
Em ti enterro as sílabas do que valho
Apago todo o vazio para que me olhes.

Sou a tinta que escoa e em ti hesita
No seio das minhas palavras te sacias
De bruços sobre o que em ti medita
Sou um novo glossário que acaricias.

Sou ainda o vento que te sopra a folha
Para que neste poema não haja despedidas.